6/20/2013

Origem dos Símbolos Matemáticos

1. Adição (+) e Subtração (-)

A utilização regular do sinal + (mais) aparece na Aritmética Comercial de João Widman d’Eger publicada em Leipzig em 1489, antes desta data, utilizavam-se as letras P e M, que eram abreviaturas das palavras latinas ”plus” e ”minus”, porém acabou utilizando a abreviatura alemã + e -. Porém, não representavam a adição, subtração ou os números positivos ou negativos, mas sim aos excessos e ao déficit em problemas de negócio. Os símbolos positivos e negativos somente passaram a ter uso geral na Inglaterra depois que foram
usados por Robert Recorde em 1557.

2. Multiplicação (X)

No livro ”Clavis Matematicae” publicado em 1631 do matemático Guilherme Oughtred, foi usado pela primeira vez o ponto e a contração de todo sinal (ab ao inés de a.b). O sinal de X, como utilizamos na multiplicação, é de 1657.

Diversos algoritmos para obter produtos e proporções o utilizavam, nos velhos tempos da aritmética, da cruz (X) de São Andrés. A multiplicação utilizando o ponto, foi introduzido como um símbolo para a multiplicação por G. W. Leibniz, em 29 de julho de 1698, que escreveu em uma
carta a John Bernoulli:

“eu não gosto de X como um símbolo para a multiplicação, porque é confundida facilmente com x; frequentemente eu relaciono o produto entre duas quantidades por um ponto. Daí, ao designar a relação uso não um ponto, mas dois pontos, que eu uso também para a divisão.”


3. Divisão (:)

Para indicar divisão houve o surgimento de diversos símbolos, entre os quais
(a/b),( /),(÷)e(:).
A barra horizontal indicando a divisão de a por b é de origem árabe, esta barra que também foi usada Fibonaci no século XIII, embora no século XVI fosse generalizada. A forma a/b indicando a divisão de a por b, também é atribuída aos árabes: A barra oblíqua, variante da barra horizontal, foi introduzida por De Morgam em 1845. No ano de 1659, o suíço Johann Heinrich Rahn inventou para a divisão o sinal que apesar de não ter sido aceito na própria Suíça, foi largamente usado na
Inglaterra e nos Estados Unidos. Os dois pontos : devem-se a Leibniz (1684), pois ele indicava esta notação nos casos em que se deveria de escrever a divisão numa só linha.

4. Igualdade ( = )

O matemático inglês Roberto Record, foi o primeiro a empregar o sinal = (igual) para indicar igualdade. Em seu primeiro livro, publicado em 1540, Record utilizava o símbolo Y entre duas expressões iguais; o sinal = constituído por dois pequenos traços paralelos, só surgiu em 1557 justificando a frase:
”Nada há mas igual que duas linhas iguais e paralelas”

5. A relação ( > e < )

Os sinais > (maior que) e < (menor que) foram introduzidos por Thomaz Harriot, que muito contribuiu com seus trabalhos para o desenvolvimento da análise algébrica.

6. O Infinito (∞)

O símbolo que denota o infinito, foi proposto pelo matemático inglês Jhon Wallis em 1655 em seu tratado ”Des Sectionibus Conicis”. Nele, o autor declarou: ”Isto, pois denota o número infinito”. Devido ao seu formato de uma curva chamada ”lemniscata de Bernoulli”. Embora seja bastante parecida com a fita de Moebius, não tem nada a ver é só mera coincidência.

7. Radical (√a)

Surgiu pela primeira vez em um livro de álgebra, escrito pelo alemão Christoph Rudolff em 1525.
No início, se escrevia com todas as letra: ”raiz de 5”. Com o passar do tempo, escreveu-se ”r5”. O traço horizontal da letra r ficou logo mais comprido e assim, abarcou todas as cifras dos números como na atualidade.

Artigo Original: Matemática UFSC