Muitas pessoas acham que a palavra primo - para denotar os números primos - está associada a alguma analogia de parentesco. Como veremos, isso é totalmente falso. Esse "primo" refere-se à ideia de primeiro, e tem sua origem numa velha concepção numérica dos pitagóricos.
Concepção de Pitágoras de números primos:
A escola pitagórica dava grande importância ao número um, que era chamada de unidade ( em grego: monad ). Os demais números inteiros eram vistos como meras multiplicidades geradas pela unidade e por isso recebiam a denominação número ( em grego: arithmós ).
Era como se tivéssemos uma família, onde a "mãe" era a monad ( unidade ) e os "filhos" os arithmói ( os números )
Entre os pitagóricos, a preocupação com a geração dos números não parava aí. Já o próprio Pitágoras teria atinado que existem dois tipos de números:
- os protoi arithmói ( números primários ou primos )
que são aqueles que não podem ser gerados via multiplicação. Ex: 2, 3, 5, 7, 11, ... - os deuterói arithmói ( números secundários )
que são os que podem ser gerados por outros arithmói. Ex: 4 = 2.2, 6 = 2.3, 8 = 2.4, ...
- a monad ( ou unidade, ou 1 )
- os protói arithmói ( números primos ) ou asynthetói arithmói ( números incompostos )
- os deuterói arithmói ( números secundários ) ou synthetói arithmói ( números compostos )