12/10/2016

Uso do datashow em sala de aula

 
    Recentemente resolvi utilizar do datashow em sala de aula, e acabei tendo uma experiência bem insatisfatória.
      Inicialmente não gostei da ideia, pois já tive diversos professores que utilizam dessa ferramenta e as aulas eram um tremendo tédio. Porém, como precisava de tempo, optei pela ferramenta para não gastar tempo copiando no quadro. Aliei isso com a entrega do conteúdo dos slides impressa para os alunos, e pimba! tive uma super economia de tempo. Porém, as aulas foram massantes, tanto quanto aquelas que eu assisti e reclamei. Depois desta experiência fiquei me questionando sobre este uso e o que eu fiz de errado. Acabei encontrando o trecho abaixo no Brasil Escola:

[...] 1ª dica – Tudo o que é demais faz mal


       Já dizia o ditado: “tudo o que é demais faz mal”, e isso vale também para o uso do datashow. O professor não pode simplesmente depender do projetor de imagens para todas as suas aulas, pois isso poderá transformá-las em algo monótono, previsível.

        Embora seja um recurso pedagógico bastante importante, o datashow não é o único instrumento ou ferramenta que o professor possui. Assim, a dica é: procure alternar ou variar o uso dos projetores com outras ferramentas pedagógicas, incluindo o bom e velho quadro negro. Afinal, ser visto como “o professor do datashow” não é algo que inspire muita admiração...

        Estudos acadêmicos já revelaram que existe uma certa fetichização do datashow em sala de aula¹. Portanto, antes de planejar uma aula, questione se o uso desse recurso é realmente necessário ou interessante para o contexto em questão.



2ª dica – Priorize o uso de imagens, palavras-chaves e frases curtas


        Ao elaborar os slides e recursos da sua aula, caso ela inclua o uso do datashow, procure priorizar o emprego de palavras-chaves e frases curtas, além de imagens, mapas, gráficos e demais elementos que venham a ser necessários.

        O grande problema é que muitos professores e até palestrantes desenvolveram o vício de usar textos muito longos em um único slide, o que torna a aula mais cansativa para os estudantes. Para piorar esse quadro, alguns passam a maior parte da aula lendo aquele imenso conteúdo. O ideal é usar palavras, frases curtas, imagens ou afirmações que sirvam de guia ou orientação para a fala do professor, que deve ser mais espontânea e dialogada com os estudantes.

        Caso não seja possível sintetizar tudo em poucas palavras ou pequenas frases, ao menos distribua melhor o texto em várias sequências para não ficar muito “pesado” ou cansativo.



3ª dica – Não vire as costas para a turma


        Procure uma posição em que você fique, ao mesmo tempo, de frente para a turma e acompanhando as imagens projetadas. Afinal, um expositor que vira de costas para o seu público, além de perder o controle sobre ele, pratica um grande ato de desrespeito. Esse problema, inclusive, está associado à dica anterior, pois slides com textos muito grandes estimulam que o professor se “esqueça” da turma e passe a falar somente para si mesmo ao ler o que está na tela.



4ª dica – Não seja um “passador de slides”


        Lembre-se de que o datashow é o seu auxiliar e não o protagonista de suas aulas. Em muitos casos, o professor limita-se a passar imagens ou slides e esquece que isso é apenas uma estratégia para desenvolver o aprendizado, não o objetivo final em si. Infelizmente, não são raras as ocasiões em que o educador transforma-se em um refém do projetor de imagens.

        Existem duas premissas principais em termos de didática: uma delas, mais conservadora, foca o aprendizado na figura do professor; a outra transfere o foco para o aluno. Perceba que em nenhuma dessas concepções o método utilizado torna-se o elemento preponderante no contexto do processo de ensino-aprendizagem. Por isso, use o projetor como um facilitador de sua aula, e não como algo que possa prejudicar a qualidade dela. Lembre-se: o datashow não substitui o professor!



5ª dica – Cuidado com as luzes apagadas por muito tempo


       Em aulas mais longas – ou quando o professor possui duas aulas seguidas – é bom tomar cuidado com uma questão: as luzes apagadas por muito tempo, pois, além da monotonia da aula, elas podem provocar sono ou desinteresse por parte dos alunos.

       O recomendado é que, se possível, nem todas as luzes da sala de aula sejam desligadas, mas apenas aquelas que iluminam a área onde as imagens estão sendo projetadas. Caso isso não seja possível, o ideal é fazer uma “quebra” na exposição, ligando esporadicamente as luzes e conversando com os alunos com elas acesas ao menos por alguns minutos.

        Outro problema relativo à sala de aula escura pelo uso do datashow está no diálogo entre professor e estudante. Sem iluminação, essa comunicação é, em partes, quebrada, além de tornar impossível para o educador a observação da reação dos alunos sobre os itens por ele abordados.



6ª dica – Planeje com cuidado e tenha sempre um “plano B”


         Parece óbvio, mas o professor deve sempre planejar sua aula com cuidado. É importante deixar a apresentação ou o computador preparados para um rápido início, pois às vezes perde-se muito tempo para montar o equipamento ou “achar” o arquivo no meio de um emaranhado de pastas, subpastas e outros arquivos. Outra dica é, se a apresentação não começou e você ainda está ligando o computador ou procurando os arquivos, feche a tampa do equipamento para evitar a projeção de seus arquivos pessoais em um local com muitas pessoas. Sempre é bom evitar constrangimentos!

        Além disso, tenha sempre preparado um “plano B”, pois o professor deve estar preparado para eventuais – e até comuns – defeitos técnicos que possam ocorrer com o equipamento. Existem professores que simplesmente não dão aula se não possuírem o projetor, o que é um erro muito grave na profissão docente."

Leia a matéria completa: Por Me. Rodolfo Alves Pena

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